domingo, 11 de abril de 2010

Bebadôs

Planos. Argumentos.
Malas. Bagunças.
Paris.
Desembarque. Hotel.
Tweed e Oxford.
Casaco leve e botas.
Jantar.
Dom Perignon;
Dom Perignon;
Dom Perignon;
Finalmente,
pAris!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

40


ela sempre surgia com seu vestido branco, rodado. Esperava atentamente a confirmação do vôo no  painel  de chegadas e partidas. Ele chegava e dava-lhe um susto, vestido rodava. ela se encantava com as histórias e feitos do amado amante. Ele se encantava com o encantamento por parte dela para coisas corriqueiras à rotina dele.

O andar sem rumo, os olhos perdidos, a leveza do vestido eram contrapostos pela maturidade da pele, segurança do riso, força do abraço, certeza do rumo escolhido. Assim ensolaravam constantemente os finais de semana da cidade acinzentada. Abafavam com risadas todo e qualquer barulho. A luz intensa dos sorrisos desbotavam todas as outras cores ao redor.

Tempo. Tempo. Tempo.

ela surgiu na plataforma vestida da mesma forma inocente. Ele notou algo diferente. Olhar, estranhamento, riso.

Ela agora era dele;
ele, dela.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

39



Resolvemos marcar o tal encontro. Vestido de amarelo eu fui. Cheguei conforme horário combinado, procurei um local agradável naquele parque; lá sentei e esperei. Esperei. 

Meu amor não apareceu. Deitado na grama construindo possibilidades explicativas para o atraso do amor, me peguei fitando alegremente o sol.  Passamos assim toda tarde. O verão todo.

Amantes agora; ele lá, eu cá.

O sol, quente, me beijava.
E eu, fiquei cego de amor.