Da varanda térrea do sobrado na avenida acima da minha, D. Joana via tudo. Tudo o que passava, o dia todo. E não era pouca coisa. Soube que na época que a avenida era rua e D.Joana era moça e não era dona de nada, nem de si, havia um rapaz. Sim, um rapaz que todo dia lá perto da varanda passava com caixas. Da feira. E Joana olhava, amava, suspirava e quando não o via, chorava, peito chiava, soluço uivava.
Começaram a namorar, ela da varanda, ele da calçada. Ela não descia, ele não subia. E namoro havia.
Um dia a graça acabou. O rapaz, de tanta caixa carregar, encaixotado acabou. Joana logo com o dono da cartório se casou. A mãe morreu. Marido mudou. Virou D. Joana e com sua varanda, olhando a rua, lá ficou.
Começaram a namorar, ela da varanda, ele da calçada. Ela não descia, ele não subia. E namoro havia.
Um dia a graça acabou. O rapaz, de tanta caixa carregar, encaixotado acabou. Joana logo com o dono da cartório se casou. A mãe morreu. Marido mudou. Virou D. Joana e com sua varanda, olhando a rua, lá ficou.
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